3/04/18

Como se chega a ser o que se é




Seria aflorar em si mesmo a obra prima na arte da auto conservação e do egoismo?  Admitindo que sim, essa é uma tarefa que está acima da média do senso comum ou que haveria algum perigo se colocar a frente de semelhante trabalho. Chegar a ser o que se é pressupõe que temos uma suspeita do que se é.  O que você é hoje, teus valores, teus erros na vida, quais os atalhos e os desvios que te levaram até aqui, os atrasos que tu mesmo impuseste a ti mesmo por inércia própria, a seriedade que viveste em alguns momentos, a incerteza e as poucas convicções, até mesmo a suprema astúcia que poderia ser a receita para a ruína, a abstração, o esquecimento de si mesmo em detrimento ao outro. a mediocridade que quer se transformar em razão de si. O amor ao próximo, a vida colocada a serviço de outra causa pode sim ser a causa da ipseidade ou seja,  o que faz com que um ser seja ele próprio e não outro.Tens compaixão pelo outro? compaixão, significa ter empatia com o sofrimento do outro. Significa o desejo sincero de que o outro esteja livre do sofrimento, é a habilidade de se colocar no lugar do outro e imaginar como é ser esse outro. Muita cautela então com as grandes atitudes, é grande o risco de não nos compreendermos e nos perdermos nessas atitudes, no instinto inato já instituido a priori cresce a ideia que organiza. Então lentamente voltamos dos atalhos e dos desvios preparando qualidades que um dia serão indispensáveis em vista do todo espiritual, que vai desenvolver potencias uteis para a meta, para o fim, para o propósito. O que tevês até agora em séria consideração? teus conceitos, as grandezas da natureza humana,  todas essas questões da politica, da educação da saúde, da organização social, foram totalmente falsificadas porque se tomaram como grandes homens, os mais perniciosos  e desprezíveis e por que? porque se ensinou a desprezar as coisas pequenas, ou as preocupações fundamentais da vida. o niilismo e o materialismo são imperadores supremos nas consciências retrogradas e doentes da atualidade.  Existe ai uma distância entre você e esses homens, a tua busca pela sabedoria infere compaixão e nela você sente o sofrimento do outro, o sofrimento do todo com o desejo de removê-lo se for possível, portanto é uma abertura completa do coração. Mas aqui é necessário sabedoria, para equilibrar, porque caso contrario se você sentir muita compaixão, talvez não saiba como lidar com isso, a dor dos outros, dos animais amados e dos seres humanos pode te machucar demais e acabam por causar depressão.  Mas se tens a sabedoria genuína, e vês as coisas como realmente são, e é capaz de compreender a natureza essencial, desprovida  do ego, de todos os seres, então é como obter as duas asas de um pássaro e voar com equilíbrio e fazer esse voo em direção a liberação do próprio eu. A compaixão genuína reconhece que nós todos estamos sofrendo, cada um de nós tem a sua cruz, então, não é se tornar emocionalmente muito envolvido mas sim chegar a compreensão, ai vem o equilíbrio, porque todos temos um potencial muito grande, com seres espirituais.  Nós não vemos as coisas claramente, então a grande compaixão surge e esta sem o equilíbrio das duas asas nos traz novamente ao chão. Nossa mente é completamente distraída e muito estressada, repleta de emoções negativas que são a causa de nosso sofrimento.  Mas na realidade, devemos saber que essas emoções, todo o estresse e ansiedade, não são inerentes a nossa verdadeira natureza, pois são apenas emoções externas que surgem, mas que não são do nosso eu, e portanto podem ser mudadas, podem ser removidas. Se fossem inerentes a nossa natureza, ou inatas, nós nunca conseguiríamos removê-las.  Para transformar a mente, mudar hábitos é preciso bastante tempo, estudo, vontade, mas apesar do fato de demandar esforço e tempo, sim é possível.

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