12/31/17

Poema da Gratidão


Poema da Gratidão

Nietzsche
Increscunt animi, virescit volnere virtus.
[Os espíritos crescem e a virtude floresce, à medida que é ferida.]

Bonjour, Ça va bien?
Você conhece o amor? acredita no amor? Quando alguém em um certo dia te diz: "Eu te amo!" como é que você tem certeza de que esse amor existe e é verdadeiro? Você acredita porque tem fé, porque não vê o amor, você sente e capta como sentimento e doação desta pessoa para você, em uma energia que te enebria os sentidos e te completa em certos momentos da vida todos os recantos do teu coração e que então, recebe as ações do outro em relação a você com plenitude e felicidade, por ser amado. O mesmo acontece em relação a Deus e a espiritualidade. Você não os vê, mas como o amor, pode sentir a energia, a luz, a força que permeia o todo e te da a convicção de que nesse todo perfeito, existe um propósito. Isto é fé, que você então sabe o que é, porque já sentiu e aqui está a grande diferença entre razão e fé. Para encerrar mais uma etapa de nossas vidas, ao final deste 2017 nada melhor do que agradecer por estarmos aqui, com nossas familias, nossos amores, nossos amigos, colegas e mesmo nossos inimigos ou aqueles que não nos querem bem. Juntos em uma oração que irradie a paz e o amor a toda a humanidade, levando-nos todos ao mesmo objetivo que é a busca  pelo conhecimento e consequente evolução que será em cada ser alcançada de uma forma ou de outra, por cada alma presente neste orbe, em determinadas medidas e em determinados méritos. seja ela neste momento empírica e logo adiante espiritual, ou seja ela apenas do senso comum e mesmo assim a que sobe a maioria dos degraus por ser a menos egoista e a mais misericordiosa, pois é na simplicidade da alma que se encontra as maiores quantidades de luz. Fiquem então com o " Poema da Gratidão" de Divaldo Franco, por Amélia Rodrigues ( espírito ) para encerrar o ano, agradecendo. Feliz 2018 a todos!

Poema da Gratidão
Senhor Jesus, muito obrigado!
Pelo ar que nos dás,
Pelo pão que nos deste,
Pela roupa que nos veste,
Pela alegria que possuímos,
Por tudo de que nos nutrimos.
Muito obrigado, pela beleza da paisagem,
Pelas aves que voam no céu de anil,
Pelas Tuas dádivas mil!
Muito obrigado, Senhor!
Pelos olhos que temos...
Olhos que veêm o céu, que veêm a terra e o mar,
Que contemplam toda beleza!
Olhos que se iluminam de amor
Ante o majestoso festival de cor
Da generosa Natureza!
E os que perderam a visão?
Deixa-me rogar por eles
Ao Teu nobre Coração!
Eu sei que depois desta vida,
Além da morte,
Voltarão a ver com alegria incontida...
Muito obrigado pelos ouvidos meus,
Pelos ouvidos que me foram dados por Deus.
Obrigado, Senhor, porque posso escutar
O Teu nome sublime, e, assim, posso amar.
Obrigado pelos ouvidos que registram:
A sinfonia da vida,
No trabalho, na dor, na lida...
O gemido e o canto do vento nos galhos do olmeiro,
As lágrimas doridas do mundo inteiro
E a voz longínqua do cancioneiro...
E os que perderam a faculdade de escutar?
Deixa-me por eles rogar...
Eu sei que no Teu Reino voltarão a sonhar.
Obrigado, Senhor, pela minha voz.
Mas também pela voz que ama,
Pela voz que canta,
Pela voz que ajuda,
Pela voz que socorre,
Pela voz que ensina,
Pela voz que ilumina...
E pela voz que fala de amor,
Obrigado, Senhor!
Recordo-me, sofrendo, daqueles
Que perderam o dom de falar
E o teu nome sequer podem pronunciar!...
Os que vivem atormentados na afasia
E não podem cantar nem à noite, nem ao dia...
Eu suplico por eles
Sabendo que mais tarde,
No Teu Reino, voltarão a falar.
Obrigado, Senhor, por estas mãos, que são minhas
Alavancas da ação, do progresso, da redenção.
Agradeço pelas mãos que acenam adeuses,
Pelas mãos que fazem ternura,
E que socorrem na amargura;
Pelas mãos que acarinham,
Pelas mãos que elaboram as leis
E pelas que as feridas cicatrizam
Retificando as carnes partidas,
A fim de diminuírem as dores de muitas vidas!
Pelas mãos que trabalham o solo,
Que amparam o sofrimento estancam lágrimas,
Pelas mãos que ajudam os que sofrem,
Os que padecem...
Pelas mãos que brilham nestes traços,
Como estrelas sublimes fulgindo nos meus braços!
...E pelos pés que me levam a marchar,
Erecto, firme a caminhar,
Pés da renúncia que seguem
Humildes e nobres sem reclamar.
E os que estão amputados, os aleijados,
Os feridos e os deformados,
Os que estão retidos na expiação
Por crimes praticados noutra encarnação,
Eu rogo por eles e posso afirmar
Que no Teu Reino, após a lida
Desta dolorosa vida,
Poderão bailar
E em transportes sublimes com os seus braços também afagar.
Sei que lá tudo é possível
Quando Tu queres ofertar,
Mesmo o que na Terra parece incrível!
Obrigado, Senhor, pelo meu lar,
O recanto de paz ou escola de amor,
A mansão de glória
Ou pequeno quartinho,
O palácio ou tapera, o tugúrio ou a casa de miséria!
Obrigado, Senhor, pelo amor que eu tenho e
Pelo lar que é meu...
Mas, se eu sequer
Nem um lar tiver
Ou teto amigo para me abrigar
Nem outra coisa para me confortar,
Se eu não possuir nada,
Senão as estradas e as estrelas do céu,
Como sendo o leito de repouso e o suave lençol,
E ao meu lado ninguém existir, vivendo e chorando sozinho ao léu...
Sem um alguém para me consolar
Direi, cantarei, ainda:
Obrigado, Senhor, porque te amo e sei que me amas,
Porque me deste a vida
Jovial, alegre, por Teu amor favorecida...
Obrigado, Senhor, porque nasci,
Obrigado, porque creio em Ti.
...E porque me socorres com amor,
Hoje e sempre,
Obrigado, Senhor!

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